sábado, 13 de novembro de 2010

Sobre o Arcadismo!

Para quem não viu ainda, já existe uma postagem sobre Arcadismo aqui no blog!
Cliquem nesse link -> Arcadismo

Em breve, outro post aqui sobre Arcadismo!

beijos e até terça!

^^

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Onde encontro mais ajuda? Confiram!

Espero que tenham gostado dos textos de apoio que coloquei aqui!

Confiram mais links para auxiliar nessas análises:

Dicas para se analisar um poema barroco -> http://monitoria-brasileira.blogspot.com/2010/05/dicas-para-se-analiser-os-poemas.html

Barroco: Autores e Poesia -> http://monitoria-brasileira.blogspot.com/2010/05/barroco-autores-e-poesia.html

Agora é só apresentar e arrazar!
;)

P.S: Não deixem de conferir tambéms os Eventos - Clique Aqui!

Barroco no Brasil

Uma das características fundamentais do estilo barroco é a tensão, consequência de uma visão de mundo que procura concilar tendências contraditórias (o teocentrismo medieval e o antropocentrismo renascentista), uma visão de mundo que busca a fusão do velho com o novo.

Como o homem Barroco vê o mundo?

O homem da época vive em permanente conflito, tentando encontrar um ponto de união entre forças opostas que o atraem: razão e fé, sentidos e espírito, sensualismo e misticismo, realismo e idealismo. Por essa razão, vai enfantizar tudo aquilo que é inconsistente, tudo o que muda de aparência, tudo o que está em movimento, pois para ele o mundo está em constante mudança.

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
depois da luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria. (Gregório de Matos)


Como se expressa essa visão de mundo

Para expressar essa maneira de analisar a realidade, os escritores barrocos vale-se de alguns recursos, como:

1. Conhecimento da realidade por meio dos sentidos: Decorre daí o emprego de palavras que designam cores, perfumes e sensações táteis, auditivas e visuais. Essas palavras refletem a desarmonia do mundo em oposições à harmonia da época clássica. As figuras de estilo mais comuns nos textos barrocos são: metáfora, antítese, paradoxo, hipérbole e prosopopéia.

2. Emprego de símbolos que traduzem efemeridade, a instabilidade das coisas: O mundo é visto como uma metamorfose contínua, ao contrário da visão estática que tinham os renascentistas. Decorre dessa concepção o emprego de símbolos como fumaça, vento, neve, chama, água, espuma, etc.

Meu peito também, que chora,
de Anarda ausências perjuras,
o pranto em rio transforma,
o suspiro em vento muda. (Manuel Botelho de Oliveira)


3. Emprego de muitas frases interrogativas: que refletem a incerteza do homem barroco.

Vês esse sol de luzes coroado?
Em pérolas a aurora convertida?
Vês a lua de estrelas guarnecida?
Vês o céu de planetas adorada? (Gregório de Matos)


4. Emprego frequente de ordem inversa: esse recurso traduz as oscilações do raciocínio barroco na tentativa de conciliar elementos opostos.

Salta o coração, bate o peito, mudam-se as cores, chamejam os olhos, desfazem-se os dentes, escuma a boca, morde-se a língua, arde a cólera, ferve o sangue, fumagam os espíritos; os pés, as mãos, os braços, é tudo ira, tudo fogo, tudo veneno. (Pe. Antônio Vieira)

5. Cultismo e Conceptismo: Dá-se o nome de cultismo ao jogo de palavras, ao emprego abusivo de figuras de estilo como a metáfora e hipérbole. Corresponde ao excesso de detalhes das artes plásticas.

Se choras por ser duro, isso é ser brando,
Se choras por ser brando, isso é ser duro. (Gregório de Matos)


O conceptismo, que ocorre principalmente na prosa, corresponde ao jogo de ideias. A organização da frase obedece a uma ordem rigorosa com o intutio de convencer a ensinar:

Para um homem se ver a si mesmo, são necessários três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo há mister luz, há mister espelho e há mister olhos (Pe. Antônio Vieira)

6. Principais temas barrocos

morte;
sobrenatural;
fugacidade da vida e ilusão;
castigo;
heroísmo;
erotismo;
cenas trágicas;
apelo à religião, ao céu;
arrependimento;
sedução do mundo.


"Era pelos sentido e pela imaginação, e não pela razão, que o Barroco conquistava o homem." (Afrânio Coutinho).


Referências Bibliográficas

FARACO & MOURA, Literatura Brasileira. 10ª ed. São Paulo: Ática, 2000.